O Advogado

Pequena introdução que eu fiz para um trabalho sobre o código de Ética dos Advogados:

"A sociedade sempre olhou de soslaio para a figura do Advogado. Tidos como uma classe de raposas inescrupulosas com total abertura para malandragens lícitas, o Advogado se vê às voltas com piadas cujo teor e mote só tem um objetivo: achincalhar ainda mais essa profissão. Tanto, que não é de se estranhar o fato do preconceito social em relação ao Advogado.
Porém, não é bom termos piedade desse preconceito, já que isso, infelizmente, é real. Isso, entretanto, não é culpa da profissão e, sim, do poder que ela dá à pessoa humana. Esta sim é recheada de sentimentos e pensamentos destrutivos, egoísticos e animalescos, capaz de mentir, roubar e matar.

Ainda em relação à ética do profissional de advocacia, mister faz-se destacar que, mesmo sendo uma atividade em que se exige ardilosidade e esperteza, existe um código de ética que baliza certas condutas morais dos Advogados e que, por incrivel que pareça à um leigo, é seguido com orgulho e à risca.

A pessoa que escolhe uma profissão deve incorporá-la de corpo e alma. Ainda mais quando se trata dessa exclusiva atividade. Assim como um policial militar, o advogado não é uma atividade que se pode ligar e desligar da tomada. É vinte e quatro horas atento, respirando leis, arqutitetando estratégias processuais. Sua redação é diferente, seu linguajar é diferente, seu olhar é diferente. A pessoa que mergulha neste mundo, esbanja uma aura de auto-suficiência que é difícil de não se notar. E, por tudo isso, acaba acolhendo com devoção o código de ética ao qual foi destinado a seguir. Não só pela razão de tentar se enquadrar num determinado grupo ou demonstrar que pertence à tal ordem, mas sim, pelo fato de poder se auto-afirmar como um verdadeiro advogado, que é mais que uma simples profissão, é um estilo de vida."